acma1953
Uma experiência de vida
sensual
No alto das tuas colinas, o cabelo cor do sol mordisca a tua orelha.
Da tua nuca ao rosto renasce uma temporada do passado que disfarça música na folhagem com a doçura de verão.
Na tua boca de papoila um beijo aprimorado ao doce sabor de damasco… a tua pele convida.
Na copa das árvores a ramagem exorta a carinhos, o aroma da ternura flutua no ar como uma mescla de mãos sobre um corpo excitado.
Entre as minhas coxas, flui a seiva quente do prazer enquanto… eu arrulho
Por fim o silêncio… afasta-se.
O NOSSO JARDIM SECRETO
O NOSSO JARDIM SECRETO
Sim, quero ser o teu jardim secreto que regas com tanto amor onde as mais lindas e exóticas flores ganham vida.
Sim, quero ser esse jardim onde nascem essências e aromas de perfumes tão perturbantes, que o teu corpo perdido de desejo mais não quer que o… ardor de fazer amor.
Sim, quero ser o jardim intímo onde vens mitigar a sede de sentimentos e degustar o fruto de uma paixão partilhada plena de doçura e felicidade, o jardim secreto onde podes encontrar os prazeres mais subtis e o júbilo mais intenso onde podes dar livre pensamento às fantasias mais loucas.
Que tesouro está escondido nesse jardim? Será o nosso amor e a cumplicidade sensual?
Guardemos ciosamente o que queremos dissimular, com temor que outros venham arrebatar a nossa intimidade. Entrego-me completamente entre teus braços e ao teu olhar que me fixa com ardor, e digo-te sem que implores ou peças; que és a mais bela das flores deste nosso jardim.
A nossa ilha secreta
Ilha secreta
O dia é transportado para um recanto do tempo que se escoa sobre o sopro rouco de um inverno monolítico. Na confusão da noite, não há nenhuma turba a acompanhar o bailado dos satélites.
O vento Norte empurra as nuvens carregadas de chuva.
Estugo o passo em direcção às auroras boreais, talvez na esperança de aí encontrar um salvo conduto que me abra as portas da fonte lustral.
No calor do teu coração… escondo-me. Aí mesmo, onde tu algumas vezes não me sabes procurar. Do teu corpo caricias plenas, pelas quais me enamoro.
A bruma esvoaça levando os meus pensamentos.
Perante as palavras que se calam na tua boca, ouve-se o tumulto alimentado por uma fornalha, esperança de Yin e Yang que se cruzam.
Sou oriente e ocidente… nas brasas.
Ateei o meu fogo na cumplicidade da tua pele. A brancura do silêncio transforma-se em tempestade. Deitado ao longo do teu vale, encontro o sossego… o prazer.
O eco dos nossos gestos impõe um epíteto.
Em algum lugar, no oceano dos nossos amores, uma vaga transporta o limão dos nossos desejos, na margem da obsessão voluptuosa.
És a ilha secreta para onde caminho sem ruído.
O tempo adormece sobre o gelo. Corro a fechar as cortinas do meu antro de perdição e volúpia.
Sobre o leito do teu coração desfaço a minha mala.
Longe, muito longe faz frio.
Aqui és tu a minha luz.
Os dedos
A suavidade aveludada de dedos acorda-me. O prazer insaciável permaneceu desperto; as carícias na minha pele embelezam novamente o meu deserto solitário. O desejo sonolento presente no fundo do meu ventre invade-me o corpo da cabeça aos pés e, desperta-me a sensualidade. Sobre a pele acetinada flamejante de fervor e ardume da bela de olhos dourados, que com arte e mestria ternamente desenho, refino e decoro. Sobre os seios provocantes, os meus dedos voluptuosos deslizam sobre os contornos dos gomos febris endurecidos e, rosados.
Sob os meus lábios acaricio o seu corpo em movimento que… ondula, relaxa e se contorce firmemente. As suas unhas cravam-se nas minhas costas pressionando-me sobre uma relva fofa ao ritmo de carícias de um desejo invasivo e de inveja arrogante mais premente a cada segundo de luxúria.
Como as ondas na rebentação que enrolam na areia da praia, as estrelas no céu misturam-se e desembaraçam-se. A lua, sobre o meu corpo balança e cambaleia.
Ela saboreia a vertigem e o mel da embriagante lascívia.
E os nossos corpos, fulminados sobre o tapete verde… colapsam