Sєłєтıѵα

Por: Marcial S. 

Algo que infelizmente está faltando no mundo, é essa coisa chamada "COMPREENSÃO".   

Parece que é artigo já em extinção.   

Quase ninguém sabe o que é. Ou se sabe, a ignora. Ou faz questão de ignorar. 

Dificilmente aceitamos os erros de alguém, mas queremos que os nossos sejam entendidos e desculpados.   

Afinal, nunca erramos, apenas nos equivocamos.  Os outros é que cometem erros, e erros sempre lamentáveis.  

E que merecem duras críticas, muitas vezes acompanhadas de expressões de menosprezo, quando nos esquecemos do respeito que todos nos merecem. 

Se alguém errou, não o fez de propósito.  É muito mais válido simplesmente mostrar o erro cometido, e, se soubermos corrigi-lo, poderemos ensinar a maneira certa de se fazer a coisa. 

Por que muitas vezes tentamos ridicularizar alguém que erra?  Será que nos julgamos infalíveis? 

Nunca erraremos? E quando errarmos, certamente não gostaremos de receber o mesmo tratamento.  E se desejamos ser tratados com respeito e consideração, deveremos agir da mesma forma. 

Principalmente na vida conjugal.  

Os erros acontecem de ambas as partes, e dificilmente uma aceita e compreende o que a outra faz.  

E como isso atrapalha a vida conjugal. 

Antigamente as mulheres eram "treinadas" para obedecer.  Sua função era unicamente cuidar da casa, e os maridos podiam levar a vida que quisessem fora do lar.   

Elas simplesmente aceitavam toda e qualquer situação que lhes fosse imposta.  

Não tinham voz ativa nenhuma dentro de casa, e sofriam toda sorte de humilhações, numa falta de respeito total e completa. 

Felizmente as coisas mudaram, e agora as mulheres já tem uma vida participativa, e, claro, fazem suas cobranças. Querem sua liberdade. Querem seus direitos. Querem compreensão e respeito.  

Temos que convir que elas estão com a razão.   

Afinal os direitos são iguais para todos. 

Acontece que o artigo compreensão está em falta e está faltando diálogo em casa.   

Existem muitas cobranças de parte a parte. E essa pressão causa desentendimentos, por vezes sérios. 

Vejam que linda mensagem me foi passada por L’Inconnu: 

O fio da vida não afrouxaria se não o molhassem algumas lágrimas...e se este fio estiver esticado demais não suporta a pressão...porém, também é verdade que, muita lágrima jamais precisaria ser chorada, se houvesse um pouco mais de amor em tantos corações que nunca souberam compreender... 

Realmente, a mensagem passada é fantástica.  

Uma das coisas que mais afrouxam os laços de uma união, são as lágrimas derramadas devido a brigas provocadas, geralmente, por desentendimentos que poderiam ser evitados havendo compreensão e respeito de parte a parte. 

Quantas vezes pequenas coisas provocam discussões que se desenvolvem e acabam em grandes brigas, com desaforos trocados de parte a parte, por vezes levando um casal a uma situação irremediável.  

E se for procurar o cerne da briga, foi uma bobagem, que com um pouco de boa vontade teria sido contornada. 

A cada desinteligência, mais o fio se estica, até que chega uma determinada hora em que ele se rompe... e fim de tudo.  Tivesse havido um pouco de compreensão... 

Principalmente porque muitas pessoas no aceso de uma discussão, dizem muita coisa pesada. Insultos são trocados.  Mágoas são colocadas para fora.  

E essa é a situação que deve ser evitada, porque quando se chega a esse ponto, é porque o respeito e a compreensão já não existem mais.   

E é muito triste chegar-se a esse ponto. 

Até mesmo separações irremediáveis devem acontecer em clima de compreensão. 

Se ambos chegaram à conclusão de que a vida em comum não mais é possível, é muito melhor chegar-se a um termo amigável do que a discussões intermináveis.   

Diga-se de passagem, situação que é apreciada apenas por advogados... 

E nesta época em que a incompreensão está levando o mundo a uma situação tremendamente caótica, é que se pode chegar à conclusão de que está tudo errado. 

Talvez o Amigão tenha chegado à conclusão de que não temos mais jeito, e vai começar tudo de novo, em novas bases.   

Talvez deixando a semente da compreensão bem plantada para que não se faça as mesmas besteiras.