As pessoas partem da premissa de querer ensinar na base do:
"Eu sei mais do que você, logo eu sou mais inteligente, pois eu sou superior porque li um pouco mais do que você, então você tem que aprender, e se você não aprender o que estou te passando, você se torna um disfuncional pequeno ser não pensante."
Mas não é bem assim que a coisa toda funciona...
Eu acho que ninguém conseguirá ensinar uma criança, através de ofensas, e diminuindo sua capacidade de raciocínio... E por que eu estou usando uma criança como exemplo? Porque exatamente uma criança é que está nos primórdios do saber, ou seja, quase não sabe, então logo ela aguça por aprender.
Daí você chega logo de cara para uma criança e diz "você é burra, você não vai aprender isso, é demais para sua idade ou para sua capacidade,mas mesmo assim vou tentar"...
Nossa, acaba de provocar um bloqueio mental total em uma criança...
O que se tem que fazer, partindo do pressuposto das condições de aprendizagem que ela tem, e que esta é infinita, é incentivá-la a buscar o conhecimento, instigando-a, provocando, e deixando que ela construa suas respostas, e assim ela se sentirá um ser capaz de construir por si seu conhecimento, baseando-se em conceitos já formados, e ainda poderá criar suas próprias ideias.
Isso é fascinante, perceber que uma criança sabe mais do que a gente acredita... E detalhe... tem muito a nos ensinar.
O que bloqueia as pessoas não são suas incapacidades intelectuais, mas a forma com que o locutor ou aquele que se dispõe a ensinar, passa seu ensinamento...
No meu caso em particular, se uma pessoa quer me passar uma mensagem, e a mensagem já começa por diminuir minha capacidade intelectual, através de adjetivos grosseiros, tudo entra num ouvido e sai no outro, e olha que já sou adultinha, imagina as crianças.
Instigar... Provocar... Debater... Isso sim é a busca do conhecimento, não ignorâncias de baixo nível...
"O seu expressar não me quer dizer nada, pois não interessa a mim, ele só serve para inflar seu ego" M.L.M